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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 19 de maio de 2024
 

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Mensagem: É tempo de homenagear Irmã Beata Alberto Sena Em dezembro deste ano vai fazer 100 anos que Wilhelmina Lauwen, chamada Irmã Maria Beatrix, mais conhecida como Irmã Beata, chegou ao Brasil. E em fevereiro de 2012 completa-se 100 anos que ela chegou a Montes Claros. Os integrantes da ‘República do Pesquistão’, grupo de montesclarenses e de simpatizantes de Montes Claros no FaceBook, acham que essas datas são suficientes para a cidade promover uma grande homenagem a Irmã Beata por tudo que ela fez desde a chegada a Montes Claros até a sua morte, em 1952. Pelas mãos de Irmã Beata gerações de montesclarenses nasceram e muitos deles estão vivos para defender essa manifestação como justa homenagem e reconhecimento pelos inestimáveis serviços prestados por ela. Simone de F. Xavier não nasceu pelas mãos da Irmã Beata, mas imagina ser ‘uma honra’ ter vindo ao mundo pelas mãos dela, o que aconteceu com o cronista Raphael Reys. Ele conta: quando era menino levava um conjunto de termômetros importados que o pai dele trazia de Santos à Santa Casa sempre que os de lá quebravam. ‘Pra mim era um momento de glória, poder levar o kit e entregar nas santas mãos dela e receber a bênção!’ Isso aconteceu, segundo ele, nos bons anos de 1953/ 54/ 55. Ela foi a personagem que mais trouxe ‘enlevo a minha infância’. Conta Raphael, que cresceu ouvindo as mães narrarem histórias da bondade dela, dos seus milagres, ainda em vida. ‘Era ponto de honra para as famílias de então, que fosse ela a fazer o parto de uma grávida’, lembrou. Missionária holandesa, Irmã Beata era superiora da ordem e diretora da Santa Casa de Caridade de Montes Claros, na época, uma ‘extensão da igreja católica’. As pessoas costumavam dobrar os joelhos em sinal de respeito ao pedir a ela a bênção. Raphael atribui ao folclore local o comentário de que o artista plástico Konstantin teve um sonho com a beata, no qual ela lhe encomendou as telas azuis que estão expostas no primeiro andar da Santa Casa. ‘Ele não se fez de rogado, cumpriu o trato onírico’, disse. Foi então que Konstantin ‘eternizou a imagem estilizada e protetora da irmã, nos legando a escultura, exposta no jardim em frente ao hospital’, disse Raphael. Consta ainda: ela, mesma post-mortem, fizera o parto de uma necessitada que aguardava aflita uma vaga na maternidade. A jornalista Mara Narciso afirma ter entrevistado várias pessoas que se relacionaram com a Irmã Beata e montou um quebra cabeças. ‘Embora ela tenha morrido em 1952, as lembranças dela ainda são tão nítidas nessas pessoas, que imagino ter sido ela bem mais do que uma freira dedicada, alguém muito inteligente e iluminado’, concluiu Mara. No caso de Virginia Abreu de Paula, nascida pelas mãos de Irmã Beata, o que aconteceu foi peculiar: ‘Ela me chamou de diabinha. É que eu demorei muito a respirar; alguma coisa parecia errada comigo; tiveram que me dar tapas mais fortes que o normal e mesmo assim... Finalmente, respirei’. Então, Irmã Beata entregou Virgínia à mãe dizendo: ‘Essa diabinha nos deu o maior susto’. Virginia conta que o pai, Hermes de Paula, admirava tanto Irmã Beata que colocou o nome de Valéria Beatriz na sua primeira filha, em homenagem a ela. Virginia hesitou por alguns instantes, mas enfim contou o que considerou ‘uma falha’ de Irmã Beata, causada pelos antolhos do rigor religioso: ‘Não atendia mães solteiras, argumentando estarem elas em pecado’. Homenagear em dezembro a Irmã Beata ao completar 100 anos da chegada dela ao País pode ser bom motivo para chamar a atenção de Minas e do Brasil com um tema fora dessa rotina de violência que se abate sobre Montes Claros e lhe destrói a outrora fama de cidade pacata. Recentemente, o jornalista Waldyr Senna, em artigo chamava a atenção para o fato de Montes Claros `copiar o Rio de Janeiro’. Mas no que há de pior: ‘O crime’. Se os montesclarenses de boa vontade acatam a sugestão de homenagear a Irmã Beata com uma grande festa, pelo menos por certo tempo, é possível que as principais manchetes dos veículos de comunicação da cidade sejam de paz. Sob as bênçãos dos céus canalizadas por Irmã Beata, a holandesa mais montesclarense que a cidade já gerou em todos os tempos.

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